QUEM FOI JESUS CRISTO?
veritasperpetua
28 fevereiro
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Jesus, o seu nome é de origem grega Yeshua, que significa “O Senhor salva” e seu sobrenome/título vem do hebraico Meshiach, que significa “o ungido”.
Mas quem Jesus realmente era?
A maioria das pessoas confirmam e concordam com a afirmação que diz que Jesus de Nazaré existiu. Muitos confirmam que ele foi de fato um homem muito bom, o homem mais bom que já pisou na face da terra, pois foi um grande mestre da moral. Dizem: “Estou disposto a aceitar Jesus como um grande mestre da moral, mas não aceito sua afirmação de ser Deus, ele era apenas um homem”.
Jesus disse:
João 10:30: Eu e o Pai somos um.
João 14:9: Quem me vê a mim vê o Pai.
Claramente percebemos com essas entre outras declarações que Jesus dizia e se reconhecia como Deus. Jesus dizia ser Deus e não deixou a nós a possibilidade de acreditar que ele era apenas um bom mestre humano, essa não era a intenção dele.
Além do mais se Jesus fosse apenas um homem, a extrema humildade, mansidão e bondade seriam as últimas qualidades que poderíamos atribuir a ele. Um homem que dissesse as coisas que Jesus disse não seria um grande mestre da moral, seria um lunático, um louco, ou pior: um mentiroso.
Existem três possibilidades apenas, e um “grande mestre da moral” não é uma delas, as alternativas são: Um mentiroso, um lunático ou Deus.
C. S. Lewis, falando em 1942 (e depois publicado na obra “Cristianismo Puro e Simples” em 1952), deu ao argumento a sua formulação mais memorável:
“Estou tentando impedir que alguém repita a rematada tolice dita por muitos a seu respeito: “Estou disposto a aceitar Jesus como um grande mestre da moral, mas não aceito a sua afirmação de ser Deus.” Essa é a única coisa que não devemos dizer. Um homem que fosse somente um homem e dissesse as coisas que Jesus disse não seria um grande mestre da moral. Seria um lunático – no mesmo grau de alguém que pretendesse ser um ovo cozido — ou então o diabo em pessoa. Faça a sua escolha. Ou esse homem era, e é, o Filho de Deus, ou não passa de um louco ou coisa pior. Você pode querer calá-lo por ser um louco, pode cuspir nele e matá-lo como a um demônio; ou pode prosternar-se a seus pés e chamá-lo de Senhor e Deus. Mas que ninguém venha, com paternal condescendência, dizer que ele não passava de um grande mestre humano. Ele não nos deixou essa opção, e não quis deixá-la. […] Agora, parece-me óbvio que Ele não era nem um lunático nem um demônio, consequentemente, por mais estranho, assustador e inacreditável que possa parecer, tenho que aceitar a ideia de que Ele era e é Deus.” (Cristianismo Puro e Simples).
Se o que Jesus falava era falso, ou então ele sabia que o que falava era falso ou não sabia. Será que Jesus era mentiroso? Se era mentiroso, também era hipócrita, pois ensinava aos outros a serem sinceros e não mentir. Era também mau (novamente contrário ao bom mestre moral) pois enganava seus seguidores com esperanças falsas. E por fim, também seria um grande tolo, pois sua declaração de que era Deus o levarou a morrer dolorosamente na cruz, sendo que poderia ter desmentido e se livrado da morte.
Alguém que viveu, ensinou e morreu como Jesus, não poderia ser um mentiroso de forma alguma.
Mas se ele estivesse enganado sobre o que dizia, se não soubesse que era uma afirmação falsa? Essa é uma hipótese inválida. Se ele estivesse enganado, então seria um lunático, mas isso não pode ser verdade, pois o que conhecemos a respeito de Jesus nos mostra que Ele tinha TOTAL sanidade mental, muito mais são do que todos nós.
"Ele era compassivo, mas nunca deixou que a compaixão o imobilizasse; não tinha um ego inflado, muito embora fosse constantemente rodeado por uma multidão de adoradores; conservou o equilíbrio, a despeito de um estilo de vida que lhe impunha severas obrigações; sempre sabia o que estava fazendo e para onde ia; preocupava-se profundamente com as pessoas, inclusive com as mulheres e as crianças, que na época não eram consideradas importantes; acolhia as pessoas, embora não fizesse vista grossa para seus pecados; conversava com as pessoas onde quer que estivessem e sempre levava em conta suas necessidades."
Ele jamais perdeu o equilíbrio da mente, mesmo diante das mais horríveis perseguições e problemas, sempre deu a resposta mais serena e sábia diante da pergunta mais tentadora.
Seria Jesus então, o próprio Deus em forma de homem?
Quanto á isso, há algumas objeções muito comuns que precisam ser reveladas e fielmente desmentidas. Vejamos:
Muitos que dizem que a vida de Cristo não passa de ecos de antigas "religiões de mistérios", nas quais encontramos histórias de deuses que morrem e ressuscitam, rituais de batismo e de comunhão. Mas é importante ressaltarmos um primeiro ponto: Os judeus, diferente das outras religiões, sempre preservaram suas crenças de influências externas. Viam-se como um povo separado e resistiam resolutamente às ideias e aos rituais pagãos.
Por exemplo, para atingir um alto nível no culto de Mitra, os seguidores tinham de se sentar sob um touro sacrificado, para que pudessem ser banhados por seu sangue e suas entranhas. Depois, reuniam-se aos demais e comiam o animal. Pois bem, dizer que os judeus viam algo de atraente nessa prática bárbara a ponto de tomá-la como modelo para o batismo e a comunhão é um absurdo sem tamanho, o que explica o fato de muitos estudiosos não aceitarem tal ideia.
Além do mais, a morte e ressurreição de deuses de outras religiões eram fenômenos contados por meio de histórias mitológicas, são narrativas que sempre se apresentam sob a forma de lenda. Tratam de eventos que aconteceram na época do "era uma vez". Agora compare isso com a descrição de Jesus Cristo nos evangelhos. Eles falam de alguém que viveu de verdade muitas décadas atrás. O cristianismo não tem relação com ciclos de vida ou colheitas como representavam naquelas mitologias.
A imagem abaixo mostra algumas informações bastante tendenciosa, mas que é só mais da industria de desinformação. Tudo para criar a impressão de que o cristianismo é uma religião copiada.
REFUTAÇÃO: https://beatrizback.blogspot.com.br/2017/02/jesus-e-uma-copia-de-outros-deuses.html
Uma outra objeção seria:
Por exemplo, houve rabinos no passado que faziam exorcismos, que oravam pedindo chuva, e chovia. Portanto, para alguns acadêmicos, Jesus foi mais um judeu fazedor de milagres. Deve-se acreditar nisso?
Jesus diz: "Mas se é pelo dedo de Deus que eu expulso demônios, então chegou a vocês o Reino de Deus". Ele não é como milagreiros que fazem coisas maravilhosas e depois a vida prossegue como se nada tivesse acontecido. Não. Para Jesus, seus milagres eram um sinal que indicavam a iminência do Reino de Deus. Eles são como que o aperitivo desse Reino que virá. Isso é o que diferencia de Jesus.
Na verdade, os paralelos desmoronam rapidamente depois de um exame mais minucioso — começou ele, aumentando cada vez mais o ritmo da resposta. — Em primeiro lugar, a centralidade do sobrenatural na vida de Jesus não tem paralelo algum na história judaica. Em segundo lugar, a natureza radical de seus milagres distinguem-no dos demais. Não foi só uma chuva que caiu quando ele orou; estamos falando de gente que foi curada de cegueira, surdez, lepra e escoliose, de tempestades que foram reprimidas, de peixes e pães que foram multiplicados, de filhos e filhas ressurretos dos mortos. Essas coisas não têm paralelo. Em terceiro lugar, o que mais distingue Jesus é a forma como realizou milagres pela sua autoridade. É ele quem diz: "Mas se é pelo dedo de Deus que eu expulso demônios, então chegou a vocês o Reino de Deus", referindo-se a si mesmo. E mais: "Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos". Ele dá a Deus o crédito pelo que faz, mas nunca pede a Deus Pai que faça o que quer que seja: ele age pelo poder de Deus Pai. É algo sem paralelo. Isso só reforça a maneira diferente como Jesus falava sobre si mesmo: "Foi-me dada toda a autoridade"; "... para que todos honrem o Filho como honram o Pai"; "Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão". Em nenhum lugar você encontra rabinos com esse tipo de discurso.
Apolônio de Tiana: Eis aí um homem do século I que teria curado pessoas e exorcizado demônios; que teria ressuscitado uma jovem dentre os mortos; e que teria aparecido a alguns de seus seguidores depois de ter morrido. As pessoas trazem o fato à tona e dizem: "Aha! Se você disser que a história de Apolônio não passa de lenda, por que não dizer o mesmo sobre Jesus?".
Em primeiro lugar, o biógrafo da personagem em questão, Filostrato, redigiu seu relato mais de um século e meio depois da morte de Apolônio, ao passo que os evangelhos foram escritos por pessoas contemporâneas de Jesus. Quanto mais próximos estivermos dos acontecimentos, tanto menor a possibilidade de introdução de material lendário, de erros ou de lapsos de memória. Outro detalhe é que temos quatro evangelhos corroborados por Paulo que podem ser cotejados, em certa medida, por autores alheios à Bíblia, como Josefo e outros. No caso de Apolônio, estamos lidando com uma fonte apenas. Além disso, os evangelhos foram aprovados pelos testes de confiabilidade histórica a que foram submetidos, o que já não se pode dizer da história de Apolônio. Como se isso não bastasse, Filostrato foi incumbido pela imperatriz de escrever uma biografia, para dedicar um templo a Apolônio. Ela era seguidora de Apolônio, portanto Filostrato teria um motivo financeiro para embelezar a história e dar à imperatriz o que ela queria. Por outro lado, os autores do evangelho nada tinham a ganhar, e muito a perder, ao escrever a história de Jesus; também não tinham nenhum outro motivo, como dinheiro, por exemplo. Também a forma como Filostrato escreve é muito diferente da dos evangelhos. Os evangelhos dão uma perspectiva ocular muito confiável, como se houvesse uma câmera no local. Filostrato, por sua vez, faz incontáveis declarações que inspiram pouca confiabilidade, por exemplo: "Consta que..." ou "Segundo dizem alguns, a jovem teria morrido; outros dizem que ela estaria apenas doente". Ele tem o mérito de tratar com cautela as histórias, não pretendendo que sejam mais que isso. Entretanto, o que mais chama a atenção é o fato de que Filostrato escreveu em princípios do século III, na Capadócia, onde o cristianismo se fixara havia algum tempo. Portanto, se algum empréstimo houve, foi da parte de Filostrato, e não dos cristãos. É bem provável que os seguidores de Apolônio encarassem os cristãos como rivais: "Ah, é? Bem, Apolônio fez as mesmas coisas que Jesus fez". Mais ou menos como uma criança que diz à outra: "Meu pai é mais forte que o seu!". Apenas para encerrar, estou disposto a admitir que Apolônio tenha realizado alguns feitos assombrosos, ou pelo menos conseguiu que as pessoas acreditassem que fosse capaz de fazê-los. Isso, porém, não compromete de forma alguma as provas a favor de Jesus. Mesmo que admitamos as proezas de Apolônio, restam as provas a favor de Cristo, com as quais devemos lidar.
Então Jesus era e é Deus?
Como nós vimos, entre as alternativas possíveis, e ela a mais provável. Mas se Jesus é Deus, então Ele deveria ter as mesmas características de Deus, certo? Existem algumas objeções a respeito disso:
“De que modo Jesus poderia ser onipresente, se não podia estar em dois lugares ao mesmo tempo? Como podia ser onisciente se disse: "Quanto ao dia e à hora ninguém sabe [...] nem o Filho, senão somente o Pai"? Como poderia ser onipotente se os evangelhos narram com muita clareza que ele não foi capaz de fazer milagres em sua cidade natal?”.
Essas objeções são facilmente respondidas na verdade. Precisamos compreender que a sua humanidade não diminuiu sua divindade, mas também nem sua divindade ofuscou sua humanidade.
• Onisciência? Em João 16.30, o apóstolo João afirma a respeito de Jesus: “Agora, podemos perceber que sabes todas as coisas".
• Onipresença? Jesus disse em Mateus 28.20: "E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos"; e, em Mateus 18:20: "Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles".
• Onipotência? "Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra", disse Jesus em Mateus 28.18.
• Eternidade? Em João 1.1, lemos a respeito de Jesus: "No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus".
• Imutabilidade? Em Hebreus 13.8, lemos: "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre".
Alguns vão dizer que as alegações de Jesus que era Deus foram muito sutis, de forma que não dá para saber se Ele se reconhecia mesmo como Deus.
Mas é importante entender que se Jesus tivesse dito simplesmente: "Oi, gente, sou Deus", as pessoas entenderiam que ele estava dizendo: "Sou IAVÉ", porque os judeus daquela época não tinham o conceito da Trindade. Eles só conheciam o Deus Pai — a quem chamavam IAVÉ, mas não sabiam da existência do Deus Filho nem do Deus Espírito Santo. Portanto, se alguém dissesse que era Deus, isso não faria o menor sentido para eles, que interpretariam a declaração como blasfêmia absoluta.
Além do mais, isso em nada ajudaria Jesus em seus esforços para que as pessoas ouvissem sua mensagem. Fora isso, havia muita expectativa em relação à aparência que o Messias teria, e não era intenção de Jesus ser enquadrado em uma categoria qualquer. Consequentemente, suas declarações públicas eram sempre muito cautelosas. Em particular, junto com os discípulos, a história era diferente, mas os evangelhos narram principalmente seus atos públicos.
É preciso ficar bem compreendido que o que foi dito não foi: "Esperamos que tais coisas sejam verdadeiras". Não, foi dito que "[Jesus Cristo] foi crucificado por nós sob Pôncio Pilatos [...] e ao terceiro dia ressuscitou", e prossegue daí por diante. A verdade teológica baseia-se na verdade histórica. A DIVINDADE CRISTO ESTÁ ALICERÇADA NA HISTÓRIA. O cristianismo é uma religião alicerçada na realidade. Em suma, o Jesus da fé é o mesmo Jesus da história.
Permita-se perguntar: Por que será que nenhum outro judeu do século I tem milhões de seguidores hoje em dia? Por que não há um movimento de adeptos de João Batista? Por que, entre todos os personagens do século I, dentre eles os imperadores romanos, só Jesus é adorado hoje, ao passo que os outros se foram? É porque Jesus, o Jesus histórico, também é o Senhor vivo. Eis a razão. É porque Ele ainda está conosco, enquanto todos os outros já se foram há muito tempo.
Faça sua escolha! Existem apenas três possibilidades: Ou Jesus era um mentiroso, ou um lunático ou era Deus. Você precisa escolher, mas saiba que essa não é uma escolha qualquer. E um mestre moral? Essa não é uma possibilidade de forma alguma!
REFERÊNCIAS:
MCDOWELL, Josh; DOWELL, Sean. Mais que um carpinteiro. São Paulo: Hagnos, 2012. 188 p.
STROBEL, Lee. Em defesa de Cristo. São Paulo: Editora Vida, 2001. 284 p.
LEWIS. C.S. Cristianismo puro e simples. São Paulo: Martins Fontes, 2014. 300 p.