terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

JESUS REALMENTE EXISTIU?

"Será que realmente existiu um homem chamado Jesus de Nazaré?" Por mais que para muitos essa seja uma pergunta desnecessária e até estúpida, ainda é uma dúvida comum entre as pessoas. Volta e meia, encontramos um sujeito alegando que a Bíblia é uma história mitológica como qualquer outra, acreditando que o Cristianismo, todos esses anos, tem se sustentado sob uma mentira. 

Para a maioria dos estudiosos, negar a existência de Jesus é quase que uma estupidez, pois é simplesmente negar a existência da história. Porém, negar ou duvidar da existência de Jesus é completamente plausível para alguns, o que é compreensível, já que na maioria das vezes essas pessoas não são historiadores ou estudiosos experts na área. 


Eis então a questão: qual é a prova que temos de que Jesus existiu? 
É simples: a mesma que prova que Júlio César existiu (antes mesmo de Cristo), Pitágoras, Aristóteles, Platão, todos autores clássicos gregos e romanos. 
Muitos vão pensar: Por que Jesus não está em todos os livros e cartas que foram produzidos em Roma naquela época? É preciso destacar que Jesus não foi reconhecido pelos seus contemporâneos, pois sua mensagem era pesada demais. Era um absurdo para os judeus e também não judeus ouvir de um homem dizer que era “Filho de Deus”, que para os judeus significava dizer o mesmo que era Deus. Um absurdo tão grande que pediram sua morte e crucificação, sendo os seguidores de Cristo perseguidos, martirizados e jogados aos leões no Coliseu.
Mas apesar disso, ainda há relatos de contemporâneos daquela época e relatos históricos que mostram a existência de Jesus, e que comprovam a autenticidade do Jesus histórico. As principais fontes não-cristãs que citam Jesus são:

> Flavio Josefo; 
> Tácito, historiador romano; 
> Plínio, o Jovem, político romano; 
> Flegon, escravo liberto que escrevia histórias; 
> Talo, historiador do século I; 
> Suetônio, historiador romano; 
> Luciano, satirista grego; 
> Celso, filósofo romano; 
> Mara bar Serapion, cidadão reservado que escrevia para seu filho, não era judeu e nem cristão; 
> E o próprio Talmude. 

Além de, também: Rei Abgar V; Constantino e o Concílio de Niceia, Tertuliano, Justino, etc.

O relato mais antigo é de Flavio Josefo (37 – 100 d.C) que foi o mais importante historiador judeu do século I, e seus escritos são bastante utilizados nas mais diversas áreas que envolvem a história daquela época. Como contemporâneo de Jesus ele disse:

“Naquela época vivia Jesus, homem sábio, se é que o podemos chamar de homem. Ele realizava obras extraordinárias, ensinava aqueles que recebiam a verdade com alegria e fez-se seguir por muitos judeus e gregos. Ele era o Cristo. E quando Pilatos o condenou à cruz, por denúncia dos maiorais da nossa nação, aqueles que o amaram antes continuaram a manter a afeição por ele. Assim, ao terceiro dia, ele apareceu novamente vivo para eles, conforme fora anunciado pelos divinos profetas a seu respeito, e muitas coisas maravilhosas aconteceram. Até a presente data subsiste o grupo dos cristãos, assim denominado por causa dele”
Em sua obra “Antiguidades”, ele fala não só de Jesus, mas também de Tiago: 

"Convocou então uma reunião do Sinédrio e trouxe perante ele um homem chamado Tiago, o irmão de Jesus, chamado o Cristo, e alguns outros. Ele os acusou de transgredir a lei e condenou-os ao apedrejamento".
Sobre Tácito (55 – 120 d.C), temos o seguinte 

“... para acabar com os rumores, [Nero] acusou falsamente as pessoas comumente chamadas de cristãs, que eram odiadas por suas atrocidades, e as puniu com as mais terríveis torturas. Christus, o que deu origem ao nome cristão, foi condenado à morte por Pôncio Pilatos, durante o reinado de Tibério; mas, reprimida por algum tempo, a superstição perniciosa irrompeu novamente, não apenas em toda a Judéia, onde o problema teve início, mas também por toda a cidade de Roma”.
Os talmudes judaicos também servem como fontes históricas sobre Jesus... A tradição judaica recolhe também notícias acerca de Jesus. Assim, no Talmude de Jerusalém e no da Babilônia incluem-se dados que, evidentemente, contradizem a visão cristã, mas que confirmam a existência histórica de Jesus de Nazaré.

"Na véspera da Páscoa eles penduraram Yeshu (NOME DE JESUS DE ORIGEM GREGA) [...] ia ser apedrejado por prática de magia e por enganar Israel e fazê-lo se desviar [...] e eles o penduraram na véspera da Páscoa." (Talmude Babilônico, Sanhedrim 43a)

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É impressionante o quanto podemos aprender sobre ele fora do Novo Testamento, e é muito significativo os registros que falam de Jesus, se levarmos em consideração a época que ele viveu e onde ele viveu. Só com essas fontes extra bíblicas podemos ter uma noção bem grande sobre a vida de Jesus:

1. Saberíamos que Jesus era um professor judeu;
2. Que muitas pessoas acreditavam que ele curava e fazia exorcismos;
3. Que alguns acreditavam que ele era o Messias;
4. Que ele foi rejeitado pelos líderes judeus;
5. Que foi crucificado por ordem de Pôncio Pilatos durante o remado de Tibério;
6. Que apesar de sua morte infame, seus seguidores, que ainda acreditavam que ele estivesse vivo, deixaram a Palestina e se espalharam, assim é que havia muitos deles em Roma por volta de 64 d.C;
7. Que todo tipo de gente, da cidade e do campo, homens e mulheres, escravos e livres, o adoravam como Deus.

Sem dúvida a quantidade de provas corroborativas extrabíblicas é muito grande. Com elas, podemos não somente reconstruir a vida de Jesus sem termos de recorrer à Bíblia como também ter acesso a informações sobre Cristo por meio de um material mais antigo do que os próprios evangelhos.

Então, se juntarmos todos esses eventos — Josefo, os historiadores e as autoridades romanas, e os escritos judaicos — teremos provas convincentes que comprovam em essência o que encontramos nos evangelhos de Jesus.

Qualquer um que negue a existência de Jesus, deve também negar quase todo o conhecimento que se tem hoje de história antiga. 
A história da humanidade está dividida em uma linha do tempo que consta antes e depois de Cristo, e ainda há gente que diz que ele nem sequer existiu?! 

De fato, negar a existência de Cristo é negar a própria história!



Beatriz Back, 2017

Referências: 

MCDOWELL, Josh; DOWELL, Sean. Mais que um carpinteiro. São Paulo: Hagnos, 2012. 188 p.

STROBEL, Lee. Em defesa de Cristo. São Paulo: Editora Vida, 2001. 284 p.

http://ateismorefutado.blogspot.com.br/2014/12/as-provas-historicas-da-existencia-de.html



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